quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

''Quando você se apaixona uma região no cérebro inunda outra área, também no cérebro, com dopamina. Essa área, por sua vez, pede mais dopamina. Quanto mais dopamina, mais apaixonado você fica. O mesmo acontece quando alguém usa cocaína… Será cocaína como o amor? Ou será o amor como a cocaína?''

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Des-venda-me, uma xícara de anseio.
Uma xícara quente de café, algumas flores de cesta e uma coberta para as tardes frias. Falta-me uma golada de ânimo, direto da eticidade das águas claras. Tão claras que confundem o mergulhador, num triste placebo da falta. - Que falta, meu Deus? - O que mais poderia exigir da matéria se não um pouco de ilusão para minhas fantasias mal resolvidas. Vinte e poucos anos e ainda esperando raios de luz fantasmagóricos na madrugada. Dilacerando-me numa agonia quase insustentável da agitação espiritual, exijo mais desta matéria que confunde, que me ilude, e lá se foi mais dois goles puros de fermentações sacarinas genuinamente sintéticas. Embriaguez movediça, solitária e pesada, coisa de quem não põe de castigo o anseio, e colhe má comportamento sentimental.