sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Des-venda-me, uma xícara de anseio.
Uma xícara quente de café, algumas flores de cesta e uma coberta para as tardes frias. Falta-me uma golada de ânimo, direto da eticidade das águas claras. Tão claras que confundem o mergulhador, num triste placebo da falta. - Que falta, meu Deus? - O que mais poderia exigir da matéria se não um pouco de ilusão para minhas fantasias mal resolvidas. Vinte e poucos anos e ainda esperando raios de luz fantasmagóricos na madrugada. Dilacerando-me numa agonia quase insustentável da agitação espiritual, exijo mais desta matéria que confunde, que me ilude, e lá se foi mais dois goles puros de fermentações sacarinas genuinamente sintéticas. Embriaguez movediça, solitária e pesada, coisa de quem não põe de castigo o anseio, e colhe má comportamento sentimental. 

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